Título: O rouxinol
Autora: Kristin Hannah
Editora: Editora Arqueiro
Nº de Páginas: 432
Neste épico passado na França da Segunda Guerra, duas irmãs se afastam por discordarem sobre a ameaça de ocupação nazista. Com temperamentos e princípios divergentes, cada uma delas precisa encontrar o próprio caminho e enfrentar questões morais e escolhas de vida ou morte.” - Christina Baker Kline, autora de O trem dos órfãos - França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despede do marido, que ruma para o fronte. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escurecem os céus e despejam bombas sobre inocentes.Quando o país é tomado, um oficial das tropas de Hitler requisita a casa de Vianne, e ela e a filha são forçadas a conviver com o inimigo ou perder tudo. De repente, todos os seus movimentos passam a ser vigiados e Vianne é obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva.Isabelle, irmã de Vianne, é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Enquanto milhares de parisienses fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país.Seguindo a trajetória dessas duas grandes mulheres e revelando um lado esquecido da História, O Rouxinol é uma narrativa sensível que celebra o espírito humano e a força das mulheres que travaram batalhas diárias longe do fronte.Separadas pelas circunstâncias, divergentes em seus ideais e distanciadas por suas experiências, as duas irmãs têm um tortuoso destino em comum: proteger aqueles que amam em meio à devastação da guerra – e talvez pagar um preço inimaginável por seus atos de heroísmo.
Alguns livros têm o poder de
mexer com os sentimentos de seus leitores, de transformá-los. Isso costuma
acontecer comigo em todos os livros da autora Kristin Hannah. Leio as obras da mesma com a certeza de que irei me emocionar com seus enredos bem
construídos e com seus personagens extremamente marcantes.
Com O Rouxinol não foi diferente, mas, tenho que confessar que
foi uma obra que mexeu comigo de uma forma distinta, que trouxe sentimentos
ainda mais intensos.
O livro é ambientado na França durante a segunda guerra mundial, misturando elementos históricos com ficção.
A trama tem início quando uma
senhora distinta está se preparando para se mudar por insistência de seu filho,
que não quer deixa-la vivendo sozinha no estado de saúde que a mesma se
encontra. A mulher, ao reunir seus pertences, encontra no sótão um baú que lhe
traz lembranças de seu passado.
Meu filho ama uma versão incompleta de mim. Sempre pensei que isto era o que eu desejava: ser amada e admirada. Agora, acho que talvez eu preferisse ser conhecida. Pag.9
A partir daí somos transportados
para a França de 1939, em um período
que antecedeu a invasão da França na segunda guerra mundial. Nesse contexto
conhecemos as irmãs Vianne e Isabelle.
Vianne é a típica dona de casa francesa da época. Vive para seu
marido e sua filha, no vilarejo Carriveau, enquanto Isabelle
é impulsiva, questionadora e inadequada para a época. A mesma acaba de ser
expulsa novamente de um internato e volta a viver em Paris com o pai, com quem
não tem muito contato.
Em julho de 1940, quando os alemães estão a caminho de Paris, Isabelle
é mandada para a casa de Vianne. A intenção é fazer-lhe companhia, já que o marido
da irmã fora enviado para o fronte.
A França tinha se aliado à Inglaterra para declararem guerra à Alemanha e Hitler estava em movimento. Por toda a França, as pessoas estocavam comida, preparavam cortinas de blecaute e aprendiam a viver como toupeiras no escuro. Pag. 28
A guerra eclode e após alguns
acontecimentos, Vianne se vê obrigada a aquartelar um soldado nazista em sua
casa, sendo forçada a conviver com inimigo, sob a ameaça de perder tudo.
A partir daí as irmãs tomam rumos
distintos na guerra. Isabelle se junta a Resistência, arriscando a vida pela
liberdade de seu país, salvando pessoas inocentes, enquanto Vianne luta diariamente
para salvar a vida daqueles que ama.
Ao decorrer da trama vemos as
irmãs travando suas batalhas, sejam elas pessoais, psicológicas ou físicas ao
defenderem seus ideias e as pessoas que amam. É uma história que nos mostra os
horrores da guerra em paralelo com as atitudes tomadas pelas irmãs nos momentos
mais desafiadores.
Bem, acredito que vocês tenham
percebido o quão forte é esta história, certo? Além disso, a mesma é escrita
com a delicadeza de Kristin, fazendo com que nos emocionemos a cada virar de
páginas, que nos encantemos com suas personagens.
Desde o início da história sabia
que Isabelle
me emocionaria. A menina que foi privada de qualquer amor e afeto por sua
família e que, aos dezenove anos, ao ver inocentes morrendo, se nega a aderir
ao conformismo que se instaura na França e decide lutar contra o sistema, se
jogando de corpo e alma em seus ideais. É impossível não notar o amadurecimento
da mesma após tudo o que vive e vivencia. A forma como se torna forte.
Vianne foi uma surpresa para
mim. No início a mesma me causava certo desconforto, o que mudou totalmente ao
decorrer da trama. Uma personagem considerada fraca por todos, inclusive por si
mesma, e que demonstrou uma força ao longo da narrativa que me encantou. Uma mulher
que enfrentou seus medos, suas fraquezas para defender não só sua filha, mas
diversas pessoas, mesmo quando estava tomada pelo medo. A mesma passa por
situações degradantes, além da fome e do terror instaurado pela guerra. Mesmo
perdendo pessoas que ama e com sua alma em frangalhos, ela segue em frente. Só
posso dizer que o desfecho de sua história nos demonstra uma força que emociona
muito o leitor.
Outro personagem marcante foi
Beck, sendo este singular por suas ações.
O mesmo era um militar alemão que
mandou diversas pessoas para o campo de concentração por acreditar ser o certo
e, ainda acreditando nisto, em suas convicções, não deixou a família de Vianne
morrer de fome, ainda que fosse ilegal a doação de comida para franceses.
O livro conta com diversos
personagens tão importantes para a trama quanto os que citei mas deixarei que
os descubram ao decorrer da leitura.
A narrativa de Kristin continua
impecável. A mesma flui de forma majestosa e incrivelmente marcante e única.
Por diversos momentos ao decorrer da leitura senti um nó na garganta e me
emocionei bastante, chegando a chorar bastante no final, que foi fantástico,
diga-se de passagem. A forma como a história terminou, como foi desenvolvido o
desfecho da mesma, só deixou o livro ainda mais único. A forma como todos
travaram suas batalhas e o desfecho de cada uma delas... como eu já disse, é
impossível não se emocionar.
Kristin conseguiu nos passar uma
história carregada de emoções e tragédias de uma forma delicada, nos fazendo
sentir o que cada personagem sentia, nos transferindo seus medos, angústias e
suas forças.
Claro que não poderia deixar de
falar dessa diagramação belíssima da Editora Arqueiro. Tudo feito com a
delicadeza que o livro pedia e com uma das capas mais bonitas da editora!
Bem pessoal, é isso! Deixo aqui a
recomendação de um dos melhores livros que já li, com a certeza de que indico
uma das melhores obras que trata sobre a segunda guerra mundial, com um enredo sensacional
e com uma escrita única. Não deixem de ler e se emocionar! É uma leitura que
definitivamente vale a pena! Abaixo deixei uma pequena contextualização do
período histórico no qual o livro se passa – algo que me foi pedido em um outro
livro ambientado na segunda guerra. Um beijo para vocês e até a próxima
resenha!
(...) O amor tem que ser mais forte que o ódio, senão não haverá um futuro para nós.
(...) Não podiam mudar quem eu era por dentro. O meu corpo... eles destruíram nos primeiros dias, mas não meu coração, Vi. O que quer que tenham feito, foi no seu corpo e seu corpo vai se recuperar.
O episódio da capitulação da
França em junho de 1940 deixou a população em choque, pois a opinião pública
fora convencida pela classe política de que o exército de seu país, juntamente
com a proteção da Linha Maginot, eram mais do que suficientes para resistir a
um provável ataque alemão. Assim, a velocidade e a severidade com que foi
imposta a derrota aos franceses supreendeu a todos. O país foi então dividido
em dois setores, norte e sul, sendo que o norte permanecia sob ocupação militar
alemã e ao sul era fundado o "Estado Francês", conhecido como "França de Vichy", com
capital nesta cidade francesa, e que detinha o controle sobre a maior parte dos
territórios ultramarinos franceses.
Este estado colaboracionista criado pelos
alemães foi entregue a um grupo de simpatizantes do regime nazista, encabeçado
pelo Marechal Henri Pétain, herói da Primeira Guerra, cuja reputação era alta entre o
exército e a população. Desse modo, enquanto no norte os grupos de resistência
pegavam em armas, formando milícias para atacar os ocupantes alemães, no sul o
movimento estava mais concentrado na propaganda, e não tanto na resistência
armada, pois havia ainda um sentimento anti-britânico a ser considerado, o que
atraía simpatizantes à França de Vichy.
Assim, os franceses estavam
posicionados em ambos os lados, divididos pela estima à pátria e por ideologias
pessoais. Do mesmo modo, havia movimentos de resistência que recebiam ordens
diretas do Executivo de Operações Especiais baseado no Reino Unido, a
resistência dos militantes comunistas, divididos pela política orientadora de
Moscou (o pacto Molotov-Ribbentrop de não-agressão entre alemães e russos
inibiu muitos comunistas a exercerem resistência, pois Moscou no momento estava
em acordo com os nazistas), grupos leais ao general de Gaulle, os movimentos de
resistência regionais que queriam independência, etc. No norte, o alvo era
simplesmente os alemães, enquanto no sul somava-se a estes o governo de Vichy.
Os primeiros grupos de resistência surgiram no norte, como a OCM (Organização
Civile et Militaire) e o Libération Nord, e ficaram conhecidos pelo nome de
"Maquis" nas áreas rurais (maquis é o nome dado a um tipo de solo montanhoso
do sudeste da França).
Em meio a um início caótico
devido à suas divisões internas, a resistência começou a tomar corpo e em 1941
já era mais organizada, oferecendo dificuldades sérias aos alemães com suas
táticas de guerrilha. Com a infiltração dos aliados após o Dia D, a dominação alemã fica seriamente ameaçada, e
estes decidem ocupar o país todo, o que contribuiu para unir ainda mais a
resistência, mas não a ponto de, terminada a guerra, não ocorrer uma certa
disputa entre as várias correntes políticas sobre quem governaria a França no
pós-guerra. O marechal De Gaulle acabou por ganhar tal "queda de
braço" e comandaria o país pelos próximos vinte anos. (FONTE: Infoescola)
Oiee ^^
ResponderExcluirGosto bastante de livros que puxam um pouco para o lado histórico, principalmente os que se passam durante guerras. Vi muita gente elogiando esse livro, e parece que a autora conseguiu mexer com geral hehe' Saber que ele é emocionante, intenso e que se tornou um dos seus livros favoritos me deixou ainda mais animada para lê-lo ♥
MilkMilks
http://shakedepalavras.blogspot.com.br
Olá!
ResponderExcluirEu li e amei esse livro! Meu coração ficou em frangalhos, chorei demais! Gostei da sua abordagem, maravilhosa e ainda trazendo informações sobre a França de então. Uma história que deve ser lida por todos - e o depoimento da Kristin é incrível!
resenhaeoutrascoisas.blogspot.com
Gosto muito de livros que abordem as grandes guerras, principalmente a segunda então certamente essa narrativa me é interessantíssima! Parece ser um daqueles livros intensos que ao termino da leitura adquiramos um aprendizado para nossas vidas. Amei essa capa também, o compraria só por isso hahah
ResponderExcluirótima resenha :)
beijos
http://infinitudedepalavras.blogspot.com.br/
dispensa comentários, simples assim! a trama é maravilhosa, sofrida e tão carregada de história que é impossivel não se apaixonar
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Tenho uma paixão gigante por livros que se passam na guerra.
ResponderExcluirNão li o rouxinol, mas imagino que ele mexa com nosso emocional. Qual livro da autora não faz isso né?
Beijinhos, Helana ♥
In The Sky, Blog / Facebook In The Sky
Olá Pollyanna, tudo bem?
ResponderExcluirEu morro de vontade de ler algo da Kristin Hannah, mas não sei ao certo por onde começar. Será que essa é uma boa pedida?
Fiquei interessada por ter as guerras no meio, rs.
Beijos
Olá, Pollyana. Que resenha maravilhosa. Realmente a Kristin tem o poder de nos emocionar, ela cria a história, mas a diferença toda é sua narrativa que toca bastante a gente, ainda mais em livros tristes. Com certeza será uma de minhas próximas leituras. Adorei a resenha!
ResponderExcluirOla,
ResponderExcluirSua resenha está ótima, embora não seja meu estilo de leitura, gostei muito de ler suas considerações, infelizmente não leria o livro, não é meu estilo, também não gosto de leituras sobre a Segunda guerra..
amei suas imagens, ficaram lindas!!
Beijos Mila
Daily of Books
Oiii, tudo bem?
ResponderExcluirQue coisinha mais linda essa capa deste livro, eu até que me interessei mais pela capa do que o enredo em si, leria por curiosidade e conhecer melhor o tema.
Beijão
Olá!
ResponderExcluirJá tinha ouvido alguns comentários sobre esse livro e senti interesse na leitura. Gosto de histórias ambientas na guerra, sempre me emociono e me impressiono com a coragem, a determinação, a força pra lutar das pessoas, sejam nos livros fictícios ou não.
Me identifiquei com Isabelle, sei que na guerra tudo é muito difícil e queremos proteger quem amamos mas sinto que me sentiria aprisionada sem poder ajudar os outros em minha volta.
Parabéns pela resenha, está ótima!
Abraços, Lara.
http://www.imperio-imaginario.blogspot.com.br/
Eu aprecio livros que trazem a temática Guerra. Conviver com o inimigo não deve ser fácil e o contexto da 2ª Guerra, mais complicado ainda, acho que surtava em ter que abrigar um nazista em minha casa. Concordo com você, a história tem um enredo, que só de conhecer um pouquinho, já passa muita força, imagina pata quem leu? Eu acho interessante que livros revivam a ideologia Nazista como forma de informação, visto que cada dia ela ganha mais força, inclusive no Brasil, tenho medo... o nazismo é uma praga.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOie
ResponderExcluirvi várias resenha elogiando e como nunca li nada da autora, estou realmente curiosa pela obra pois o enredo está bem chamativo, aliás, quero ler todos dela haha ótima resenha
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Olá Polly, depois dessa resenha fica difícil não querer ler essa obra. Parabéns!
ResponderExcluirUltimamente tenho gostado desse tipo de leitura envolvendo fatos históricos e guerras, Já anotei a dica ;)
Beijokas da Quel ¬¬
Literaleitura
Oii!
ResponderExcluirMuitas pessoas já me recomendaram esse livro ^^ Dizem que é muito bom principalmente por puxar uma parte histórica bem interessante.
Amei a sua resenha e com certeza irie ler ^^
Beijos, Amanda
www.vicio-de-leitura.com
Olá!
ResponderExcluirMEUDEUS que post mais lindo ❤❤❤❤❤❤❤❤❤
De todos que li para essa obra, nenhum.foi tão completo como o seu!
Essa obra parece ser linda, bem tendo em vista todos os elogios que vejo,mas triste o que eu estou fugindo no momento. Estou esperando o momento certo para isso.
Gostei MUITO da sua resenha! Parabéns!
Beijinhos
Oie.
ResponderExcluirNão gosto muito de livros que tem como pano de fundo guerras, mas nunca li nada da autora e tenho muita curiosidade.
Você falou tão bem do livro que fiquei mais curiosa do que já estava.
Lisossomos
Olá!
ResponderExcluirMinha nossa que resenha positiva foi essa haha
Eu ouvi muito sobre essa história e por incrível que pareça somente comentários mega positivos!
Para falar a verdade tenho curiosidade de ler uma obra da Hannah porem esse livro não se enquadra muito no meu gênero. Mas anotei a sua dica do mesmo jeito, quem sabe no futuro.
beijos
Livros & Tal
Oi!
ResponderExcluirO Rouxinol foi um dos livros mais lindos que já li! Fiquei muito comovida com tudo, especialmente com a evolução da Viane, por ela se mostrar dona de uma força que não imagina. Também adorei as informações históricas que você acrescentou a resenha.
Bjs!
Quem Lê, Sabe Porquê
Oi Pollyana,
ResponderExcluirAinda não tive o prazer de ler nada da autora e penso, por sua resenha, que este livro mexerá comigo de formas diferentes, primeiro: a ambientação na França, país que quero conhecer, segundo: uma mocinha inadequada para a sua época, amo essas personagens que peitam o mundo, terceiro a escrita da autora que de alguma forma marcou você positivamente, quarto não tenho nenhum empecilho para não ler, pois ganhei este livro de uma amiga querida. Obrigada pela dica, esta é a primeira resenha que leio da obra. Adorei saber pelo vídeo que é o livro favorito da autora.
Bjs
Tânia Bueno
www.facesdaleitura.com.br
Oi Pollyana,
ResponderExcluirAinda não tive o prazer de ler nada da autora e penso, por sua resenha, que este livro mexerá comigo de formas diferentes, primeiro: a ambientação na França, país que quero conhecer, segundo: uma mocinha inadequada para a sua época, amo essas personagens que peitam o mundo, terceiro a escrita da autora que de alguma forma marcou você positivamente, quarto não tenho nenhum empecilho para não ler, pois ganhei este livro de uma amiga querida. Obrigada pela dica, esta é a primeira resenha que leio da obra. Adorei saber pelo vídeo que é o livro favorito da autora.
Bjs
Tânia Bueno
www.facesdaleitura.com.br