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Resenha #274: O Duque que eu consquistei

 


Olá pessoal, tudo bom com vocês? Hoje vamos conversar um pouquinho sobre o romance de estreia de Scarlett Pickham no Brasil: O Duque que eu conquistei.

A primeira vez que ouvi falar sobre esse livro foi em um dos encontros de romance de época da Editora Arqueiro e lembro que de cara o livro me despertou interesse:  a autora prometia romance de época com uma pitada de BDMS. Confesso que não sou a maior fã dessa segunda temática, mas resolvi dar uma chance por curiosidade. Queria muito ver como tal inserção seria feita nos romances que tanto amamos. 


Eis que o livro chega no Brasil e eu corro para ler. Neste primeiro volume da trilogia “Segredos da Charlotte Street”, temos a história de Archer - Duque de Westmead, um homem que pegou um ducado em ruínas e se tornou um lendário investidor. Agora este homem precisa de um herdeiro para transmitir seu legado.


Um Duque rico não deveria ter dificuldades em encontrar uma esposa, certo? No entanto, este Duque em especial possui um segredo e precisa de alguém que não questione suas saídas na calada da noite e que não exija amor por parte dele, haja vista que ele se sente incapaz de amar alguém novamente, após o desastre que assolou sua vida.


Eis que surge em seu caminho Poppy Cavendish, uma florista cheia de atitude, sem papas na língua, que sempre lutou contra as convenções sociais e que não tem qualquer plano de se casar. No entanto, nem tudo são flores (que trocadilho infame) e Poppy precisa de capital para investir no negócio que tanto lutou para construir.


Poppy e Archer se conhecem, logo surge uma enorme atração entre eles e ambos começam a enxergar através do outro uma personalidade que o restante das pessoas desconhece. Eis que a ameaça de um escândalo faz com que eles negociem. Ela precisa de dinheiro, ele de um herdeiro e uma Duquesa. Eis que surge um acordo entre eles.


No enquanto, um sentimento também começa a surgir e Archer passa a temer que Poppy descubra seus segredos e tudo seja posto a perder.


Bem, por essa temática podemos ver que o diferencial – além do desenvolvimento do enredo – está todo nas práticas sexuais do duque do chicotinho, não é mesmo? E bem, por incrível que pareça, não foi isso que me incomodou na leitura!


Já adianto que sim, tivemos pontos negativos, mas o livro também tem ótimos pontos. O primeiro é a escrita da autora, que flui extremamente bem e prende logo nas primeiras páginas.


Outro ponto que adorei foi a construção dos personagens – tanto principais quanto secundários – os mesmos tem bagagem emocional, tem história e sua história reflete em suas atitudes – algo que fica um pouco ‘abandonado’ em alguns romances do gênero. A forma como a autora mostra o motivo dos traumas do protagonista e o medo de Poppy de confiar seu destino a alguém é algo muito interessante de ser lido.


O terceiro ponto que mais me agradou foi a ousadia da autora em adicionar a um romance de época cenas de BDMS. A forma e as justificativas para incluir tal prática fazem sentido com o enredo (tinha medo que não tivesse) e as cenas são muito bem construídas, não ficando aleatório ou forçado no momento em que acontecem.

Agora vocês devem estar se perguntando: do que eu não gostei então?! Bem, da forma como o casal foi conduzido ao longo da trama.


Que a falta de diálogo é usada para construir muitos enredos de romance no geral já sabemos. No entanto, quando isso acontece por diversas vezes no livro, acaba se tornando um pouco cansativo.


Poppy e Archer são personagens muito inteligentes e interessantes, no entanto, quando começam com os inúmeros maus entendidos entre eles por falta de diálogos, acaba por tirar um pouco o ritmo da trama, incomodando.


Um outro ponto que poderia ser mais trabalhado foi a reação de Poppy ao descobrir as práticas de Archer. Se forma um grande mistério ao redor de tudo e quando acontece a revelação eu fiquei pensando: foi só isso mesmo?!


Enfim! Este foi um livro do qual gostei – não amei – mas quero muito dar continuidade a trilogia, porque realmente gostei demais da forma como a autora escreve. Recomendo o livro a todos que tenham interesse de ler, lembrando que algo que não funcionou tão bem para mim pode ser uma boa leitura para você. Vale a pena ler e tirar suas próprias conclusões.


Espero que tenham gostado de conferir minhas impressões. Não deixem de comentar, ok? Beijos e até o próximo post!




Autora: Scarlett Pickham

Editora: Arqueiro

Nº de Páginas: 288

Depois de superar a ruína financeira, redimir o nome de sua família e se tornar o mais lendário investidor de Londres, o duque de Westmead precisa garantir a continuidade de seu título e de sua fortuna. A única forma de fazer isso é gerar um herdeiro.

Para isso ele tem que arranjar uma esposa que não interfira nos anseios sombrios que ele satisfaz na calada da noite nem faça exigências ao seu coração trancado para o amor.

Poppy Cavendish, a ambiciosa florista contratada pela irmã de Westmead para decorar seu salão de baile, não é esse tipo de mulher. Ela sempre lutou contra as convenções sociais para manter a própria independência e, por isso, o matrimônio nunca esteve em seus planos.

Mas agora Poppy precisa de capital para expandir seu negócio de plantas exóticas. E a atração que sente pelo duque é tão irresistível que, quando um escândalo acidental torna o casamento com ele o único meio de salvar seu ganha-pão, ela teme querer mais do que o título que ele oferece.

2 comentários:

  1. Gente, fiquei muito curiosa pelo segredo do Archer, embora eu ache que vá me incomodar também com a falar de comunicação que o casal pode vir a ter. Estou sempre em busca de novas autoras de romances de époica para ler porque sempre leio a mesma e acho que essa trilogia pode me agradar.
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Gosto de romances de época, mas faz tempo aue não leio a nenhum. Esse em específico eu nem conhecia. Que bom que pelo aue vi a autora não forçou cenas de bdsm, pena que pelo visto a interação entre personagens não flui muito bem. Mesmo assim fiauei curiosa para ler.

    ResponderExcluir

Pollyanna Campos

Mineira, apaixonada por livros, advogada, viciada em romances de época, séries e café. Ama viajar, ouvir a mesma música, ver os mesmos filmes, reler suas citações literárias favoritas e cuidar de suas plantas.




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