Olá pessoal, tudo bom com vocês? Hoje é dia de conversar um pouquinho sobre “As nove vidas de Rose Napolitano”, de Donna Freitas, um livro que me surpreendeu no ano de 2021.
O livro nos é mostrado sob o
ponto de vista de Rose, nossa protagonista:
uma mulher independente, acadêmica, que nunca teve vontade de ser mãe. Ela
encontrou em Luke – seu marido – um
homem que tinha os mesmos anseios e sonhos que ela. Será mesmo?
Luke – que também dizia não ter o
desejo de ser pai – passa a ser pressionado pela família e por conseguinte,
passa a pressionar Rose para que esta aceite se tornar mãe.
A partir daí teremos uma
narrativa construída em nove realidades diferentes e a decisão de ser mãe ou
não vai acarretar diversas versões de Rose, de sua vida e de sua realidade.
E esta é a premissa base de “As
nove vidas”. Aqui temos um enredo sobre a pressão social pela maternidade
compulsória, sobre a pressão que sempre existiu para que as mulheres se tornem
mães e como são vistas como incompletas quando não o fazem. Mas além de toda
questão sobre a maternidade e o papel que a sociedade impõe a mulher, temos
também um enredo sobre possibilidades, sobre a gama de destinos existentes. As
nove vidas de Rose Napolitano também é um livro sobre escolhas, autoconhecimento
e família.
De início a narrativa pode ser um
tanto quanto confusa e deixar o leitor um pouco perdido. No entanto, ao mergulharmos
a fundo na história, ficamos cada vez mais imersos e envolvidos, devorando páginas
para saber qual a próxima realidade, qual o próximo passo.
Uma ressalva – além da feita acima
– é que acredito que tenha faltado ainda uma vida a ser vivida e explorada pela
autora. Após tudo o que vimos sobre a personagem, acredito sim que não termos o
vislumbre desse futuro, acabou por deixar a obra incompleta.
Apesar das ressalvas, esse foi um
livro que me ganhou, que me prendeu em suas páginas e me fez refletir sobre
diversos aspectos, motivo pelo qual o recomendo hoje a todos vocês.
Espero que tenham gostado de
conferir minhas impressões de leitura. Não deixem de comentar ok? Beijos e até
o próximo post.
Autora: Donna Freitas
Editora: Seguinte
Nº de Páginas: 344
Quais são as consequências das nossas maiores decisões? Acompanhando Rose Napolitano descobrimos como nossa história pode ser reinventada a cada escolha e, às vezes, seguir rumos que não imaginávamos. Um romance profundo sobre uma mulher que nunca quis ser mãe e as diversas formas com que a vida pode nos surpreender.
Rose Napolitano e Luke estão brigando. Ele prometeu, antes do casamento, que não queria ter filhos, mas mudou de ideia. Ela prometeu tomar as vitaminas para engravidar, mas não o fez. De repente, o casamento dos dois passa a depender de uma única resposta: Rose consegue encontrar dentro de si o desejo de ser mãe?
Ao narrar uma escolha de vida decisiva em nove versões diferentes, Donna Freitas nos leva por todos os caminhos que moldam a vida de uma pessoa, refletindo sobre trajetórias que ressignificam o que é ser mulher. Um romance sobre amor, maternidade, traição, divórcio, morte e sobre como o destino pode interferir em nossos planos quando menos esperamos.
Olá,
ResponderExcluireu li este livro assim que ele foi lançado e me apaixonei pela forma que as várias possibilidades foram trabalhadas. A cada nova vida eu me via ainda mais ligada a história da Rose, torcendo para que ela conseguisse se bastar, que não cedesse por pressão e que fosse feliz como bem desejasse. Até hoje li apenas dois livros que abordaram essa pressão por maternar que existe sobre as mulheres, este e O impulso, ambos me tocaram de forma ímpar.
Abraços!
Blog Nosso Mundo Literário
Oi Polly!
ResponderExcluirEsse livro parece intenso e mergulha a fundo dentro de seu "eu" pessoal, porque essa coisa forçada pela família a fazer e ficar pensando no que a sociedade vai dizer é muito exaustivo pois cada um pensa de um jeito e forçar a fazer o que não quer pode mexer com a estrutura familiar, esse livro deve mexer com o emocional do leitor. Pela sua resenha deu para perceber que é um pouco pesado e mexe com as estruturas da gente, parabéns e obrigado pela dica, bjs!
Oi Polly, tudo bem? Ah, eu algumas pessoas comentando sobre o livro e achei a edição lindíssima. Nossa, imaginar outras vidas, outros caminhos, até mesmo outros lugares onde poderíamos estar é surreal. Me fez lembrar de um filme com o Nicholas Cage. Se ele tivesse tomado outra decisão o que seria diferente? Creio que todos nós já nos perguntamos isso alguma vez não é mesmo? Quanto a maternidade é um tema delicado principalmente para mulheres que não têm esse desejo. Acredito que não deveria ser uma imposição, e sim decisão do casal. Afinal, são eles que cuidarão das crianças não é mesmo? Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirEu não sabia bem o que esperar desse livro. Parece ser mto dramático e até triste, de certa forma, por mostrar a pressão da maternidade que nos é imposta. Gostei do tema, não lembrava que a temática era essa. Ótima resenha!
ResponderExcluirBjos - Lucy - Por essas páginas