Resenha #43: O Duque e Eu

Título: O Duque e Eu
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Nº de páginas: 282

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida

Acredito que nunca comentei aqui no blog o quanto eu gosto de romances de época. Sou apaixonada pelo modo intenso como estes se desenrolam, por seus diálogos, por costumes que vou conhecendo através de seu enredo... enfim! Qualquer livro que siga esse gênero vai chamar minha atenção e foi exatamente isso que me deixou curiosa para ler O duque e eu.

Este é um daqueles livros que arrancam suspiro de seus leitores do início ao fim e, quando acaba, deixa aquele gostinho de quero mais – o que não é um problema para este livro, afinal, é uma série com oito exemplares!

Em meio a uma sociedade em que casamento e filhos eram praticamente um objetivo de vida, conhecemos a história de Simon e Daphne, dois jovens incrivelmente espirituosos e sarcásticos. 

Ele, que se tornou duque após a morte do seu pai, traz consigo um passado de rejeição por parte deste,. O motivo? Problemas na fala, que superou com sua força de vontade. Por seu título e sua boa aparência, ele se torna praticamente um alvo para as moças solteiras que buscam um casamento vantajoso.

Daphne é uma dos oito filhos da família Bridgerton e conta com um senso de humor e um carisma enorme. Dona de grande beleza, é de se esperar que ela tenha inúmeros pretendentes, certo? Errado. Pelos pretendentes em potencial,ela é vista apenas como amiga, restando apenas os homens velhos e esquisitos.

Em meio a uma tentativa de se livrar de um pretendente indesejado, Daphne acaba criando uma situação que, eventualmente, faz com que conheça o galã da história. Um trato dos dois visando maiores benefícios (não sei se seria spoiler dizer do que se trata, então, prefiro não entrar em detalhes), podemos ver o desenrolar de um romance apaixonante. 

Esse é um daqueles romances leves e extremamente clichês, que nos fazem suspirar e esperar ansiosamente por cada novo exemplar.

A narrativa da autora é excelente, fluindo incrivelmente bem ao decorrer da obra.

Outro ponto forte são os personagens. Violet Ledger é a típica mãe de família do século XIX. Sonha em ver suas filhas fazendo um bom casamento, não medindo esforços para tanto. Adorei a forma como a autora desenvolveu tal núcleo familiar, fazendo com que tivéssemos muito apresso por suas personagens.

Como já dito acima, o enredo não trouxe nada inovador, mas, acredito que não seja esta a função de tais romances.

Para finalizar, recomendo a leitura a todos os que apreciam os romances de época, tendo a certeza de que vão se apaixonar pela narrativa da autora.