Resenha #54: Por toda a eternidade

Título: Por toda a eternidade

Autora: Kristin Hannah

Editora: Novo Conceito

Nº de Páginas: 400

Tully Hart é uma mulher ambiciosa, movida por grandes sonhos que, na verdade, escondem as lembranças de um passado de abandono e dor. Ela acredita que pode superar qualquer coisa ao esconder bem fundo os sentimentos de rejeição que carrega desde a infância... Até que sua melhor amiga, Kate Ryan, morre. Então, tudo começa a mudar para Tully, que se vê escorregando em um precipício cheio de memórias melancólicas e remédios para dormir...Dorothy Hart — ou Cloud, como era conhecida nos anos 1970 — está no centro do trágico passado deTully. Ela abandonou a filha repetidas vezes na infância. Até que as duas se separaram de uma vez por todas. Aos dezesseis anos, Marah Ryan ficou devastada pela morte da mãe, Kate. Embora seu pai e seus irmãos se esforcem para manter a família unida, Marah transformou-se numa adolescente rebelde e inacessível em sua dor. Tully tenta aproximar-se de Marah, mas sua incapacidade para lidar com os sentimentos da afilhada acaba empurrando a menina para um relacionamento infeliz com um rapaz problemático.A vida dessas mulheres está intimamente ligada, e a maneira como elas vão rever seus erros e acertos constrói um romance comovente sobre o amor, a maternidade, as perdas e o novo começo. Onde há amor, há perdão...

Começo esta resenha confessando algo para vocês: faz muito tempo que li este livro e ainda não sei ao certo se posso falar sobre ele. Sabe quando você gosta de um livro ao ponto de ficar sem palavras para descrevê-lo?! Pois bem!

Em Amigas para sempre conhecemos a história de Tully e Kate, duas meninas completamente diferentes, que têm seus caminhos entrelaçados na Alameda Vaga-lumes, construindo uma amizade cheia de idas e vindas, que nos é mostrada ao longo de aproximadamente trinta anos.

Em Por toda a eternidade, acompanhamos a história dos personagens após a perda de Kate, que falece após uma batalha contra o câncer, ainda no primeiro livro.

John perde sua esposa; Luke, Wills e Marah, sua mãe e Tully Hart, sua melhor amiga e única pessoa

que sempre esteve presente em sua vida.

Em Por toda eternidade, Kristin Hannah nos mostra de uma forma extremamente tocante a dor da perda e a forma como o ser humano lida – ou não lida – com a mesma.

Nossos personagens se encontram em um estado de luto, tentando, da melhor forma superar toda a dor que levam consigo desde a perda da pessoa amada. Em especial, temos o desenvolvimento da história de Marah e Tully, que são as mais afetadas, pelo menos visivelmente, pela falta de Kate.

A forma como a narrativa é construída beira ao real e por diversas vezes me vi emocionada ao identificar nos personagens àqueles sentimentos que me acompanharam por um tempo quando perdi pessoas que amava.

Acredito que mesmo a morte sendo a única certeza do ser humano, este é o único fato com o qual nunca estamos preparados para lidar. Os sentimentos de perda e de saudade não são fáceis e, seguir em frente sabendo que aquela pessoa não estará mais ali é algo extremamente difícil.

Mas as histórias chegam a um fim, não? Você perde as pessoas que ama e tem de encontrar uma maneira de seguir adiante. P.11

O que eu realmente quero dizer a vocês é que esta é uma obra única, que lida de uma forma singela com temas que não são fáceis, interligando novamente a vida de personagens totalmente diferentes, mas, que são unidos para sempre pela perda de uma pessoa amada. Acompanhamos em seu enredo a dor de seus personagens e a forma como cada um deles tenta lidar com o luto e seguir suas vidas. Se você leu Amigas para sempre e não deu sequencia a leitura, bem, o faça! São poucos autores que tem uma escrita tão envolvente e emocionante como Kristin.

Caso você não tenha lido “Amigas para sempre”, não recomendo a leitura deste livro. Por toda eternidade foi lançado primeiro no Brasil, mas, sem uma leitura em sequencia, acredito que o leitor perderá muito da essência da história.

Bem pessoal, foi isso. Me desculpem se fui repetitiva ou pouco clara! Não deixem de comentar. Beijos e até o próximo post!

O luto é sorrateiro, indo e vindo como um convidado que você não quis convidar, mas que também não pode mandar embora. Ela quer esta dor, apesar de nunca admitir. Ultimamente, é a única coisa que parece real. Ela se percebe pensando intencionalmente em sua melhor amiga mesmo agora, depois de tanto tempo, porque ela quer chorar. Ela é como uma criança remexendo numa ferida incapaz de se impedir, mesmo sabendo que doerá.