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Resenha #210: A torre do amor


Título: A torre do amor
AutoraEloísa James
Editora: Arqueiro
Nº de Páginas: 348
Quando Gowan, o magnífico duque de Kinross, decide se casar, seu plano é escolher uma jovem adequada e negociar o noivado com o pai dela. Ao conhecer Edie no baile de apresentação dela à sociedade, ele acredita que, além de linda, ela também seja a dama serena que ele procura e imediatamente pede sua mão.
Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser...
Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora.
Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua geniosa esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?
Olá pessoal, tudo bom com vocês? O post de hoje é sobre um livro que me surpreendeu por completo, me ganhando de tal forma que acabou se transformando em meu favorito desta série que mistura Contos de Fadas com Romances de Época. Que tal saber um pouco mais sobre A torre do amor e conhecer minhas impressões de leitura?
No quarto volume de sua série que cria releituras de contos de fadas em ambientes de época, Eloísa James nos apresenta Gowan, o Duque de Kinross. O nobre escocês que vive nas terras altas está à procura de uma companheira e pretende desposar uma jovem adequada, tranquila e recatada.


Quando ele vê lady Edie quase etérea nos salões de baile ele acaba fascinado pela moça contida, de olhar manso e que parecia flutuar ao dançar.

Ele mais que depressa pede a mão da moça em casamento. No entanto, o que ele sequer imagina é que aquela atitude sublime se devia a uma febre. Na verdade Edie é dona de uma inteligência impar, de olhos extremamente expressivos e sua grande paixão na vida é a música, em especial a que toca em seu violoncelo.

Ainda que Edie não seja exatamente o que Gowan havia imaginado, ele acaba se encantando ainda mais pela real personalidade da moça, que também se vê fascinada com o escocês cheio de atitude, dono de um temperamento forte, que parece enxergar seu verdadeiro eu, quando ninguém mais o faz.

Edie sentiu, de repente, como se ele estivesse olhando diretamente para ela, como se fosse o primeiro a fazer isso em toda sua vida. Era como se ele lhe contemplasse a alma e visse a verdadeira mulher que havia dentro dela.

O casamento entre eles se dá de forma rápida e tudo parecia perfeito, devido a grande química e atração que existe entre eles, até que chega a noite de núpcias... E nada é como deveria ser.

A incapacidade de Edie em relação a confrontos e decepções e as maneiras tempestuosas de Gowan acabam criando uma crise no casamento, um abismo entre eles. Eles se amam, isso é um fato, mas será que o amor basta para sustentar um relacionamento onde não existe diálogo e cumplicidade?

É em meio a traumas emocionais do passado que reverberam no presente que nossos personagens terão de encontrar um caminho para fazer com que aquele relacionamento dê certo, ainda que para isso Gowan precise escalar uma certa torre.
Quando iniciei a leitura desse livro, não sabia ao certo o que esperar. Como vocês sabem, não curti muito o volume anterior, então fiquei um tanto quanto receosa em relação à leitura de ‘A torre do amor’.

Confesso que esse livro acabou sendo uma grande surpresa, se tornando inclusive a minha história favorita desta série.

Comecei a leitura sem grandes expectativas e acabei me deparando com um enredo totalmente diferente de tudo o que já li do gênero, onde não existem antagonistas na história, a não ser os protagonistas, suas meias palavras e o medo de que seus traumas do passado reflitam em seu presente.

Nunca havia lido um romance de época que abordava a dificuldade da vida a dois, de primeiras experiências sexuais e de se adequar a uma nova realidade. Geralmente os romances de época refletem uma realidade amorosa e sexual perfeita, assim como uma adaptação muito fácil a uma nova vida.

Aqui, no entanto, temos um casal que se ama, que quer ficar junto, mas que ainda não encontrou o caminho.
O medo de decepcionar o outro, de ofender, mesmo que por meio de um diálogo franco, acaba por criar muros entre os personagens, de uma forma tão humana e tão crível que eu confesso que podia jurar que estava lendo sobre uma relação real e isso deu uma nova dimensão a esse romance incrível.

Aqui o amor e a confiança vão surgindo de maneira gradual e nem tudo no relacionamento dos dois são flores, muito pelo contrário.

Os modos apaziguadores de Edie, que evita conflitos a todo custo, preferindo se magoar, e os modos explosivos de Gowan nos mostram que nem todo amor do mundo basta se não houver diálogo, verdade, respeito e reciprocidade.

Ambos os personagens são marcados por traumas do passado e sem se despir de tais traumas, acabam trazendo isso para um casamento, como uma sombra que sempre paira entre eles e dificulta ainda mais uma relação ainda tão frágil.

O enredo é extremamente fluido, o romance convence e cativa, assim como os personagens principais e secundários – que ganham seus próprios papéis de importância na trama, vivendo seus próprios dilemas, outro ponto super positivo.

Gosto quando os livros giram em torno dos personagens principais, mas sem fingir que apenas os dois e seus problemas existem. Eloísa James soube inserir os personagens secundários em seu enredo com maestria, deixando-a ainda melhor.
Outro ponto que simplesmente amei foi o crossover que existe entre esse livro e Simplesmente o Paraíso da Julia Quinn! Ver personagens tão queridos de romance de época se relacionando deu um ar todo especial para trama, como se estivesse encontrando ‘velhos amigos’.

Além de tudo isso que falei, acrescente ainda que esta história nos trás uma boa carga de Shakespeare e poesia, deixando tudo ainda mais romântico e fascinante.

Enfim! Este foi um romance super diferente, repleto de pontos positivos e que ganhou meu coração por completo através da construção de sua trama e de seu desenvolvimento. Me apaixonei por este casal, torci para que acertassem seus empasses e terminei este livro com o coração cheio de amor e é por esse, dentre muitos outros motivos, que recomendo hoje a vocês esse romance de época.

Deixem-se apaixonar pela história de Gowan e Edie e pelo amadurecimento dos mesmos e de seu amor.

Espero que tenham gostado da indicação de hoje. Não deixem de comentar ok? Beijos e até o próximo post!

10 comentários:

  1. Ola lindona, eu adorei esse livro a forma como trata a falta de diálogo em uma relação e como isso pode prejudicar. Nossos protagonistas se amam mas falta uma conversa franca. A cena final do livro é linda. Eloisa James entrou para a minha de autoras favoritas. beijos

    Joyce
    Livros Encantos

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  2. Desta saga eu só li o primeiro que foi o mais aclamado e que mais gostei. Depois vi muitas resenhas de pessoas que não curtiram as continuações, da mesma forma que você falou do livro anterior a este. Mas gostei deste personagem que parece se importar com a esposa e querer agradá-la.

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  3. Oi, Polly.
    Eu também adorei esse livro. Essa abordagem da autora, em relação às dificuldades do casal em se adaptar à vida de casado foi super original mesmo! Gosto muito da escrita dela e achei essa história uma das mais maduras dela!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  4. Olá!
    Eu amei esse enredo, uma vez que tinha me decepcionado em partes com A duquesa feia. Porém, esses personagens me ganharam logo no começo e a escrita, além da ambientação na Escócia me deixou apaixonada.
    Sem dúvidas o melhor da série.
    Beijos!

    Camila de Moraes

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  5. Oi, Polly! Eu tenho alguns livros dessa série, mas ainda não li nenhum, estão aguardando... rs
    De todos eles, o que mais tenho curiosidade é justamente esse último, principalmente por parecer ser o melhor de todos.
    Bjos
    Lucy - Por essas páginas

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  6. Primeiramente, amei saber que os personagens de Simplesmente o Paraíso aparecem nesta história! É tão legal quando as autoras fazem isso, quando misturam seus personagens, pois provoca aquela sensação de realidade, de que eles existem num mesmo ambiente e se relacionam.

    Não gosto de Shakespeare.rsrs Mesmo assim, estou louca para ler este livro! É muito bom saber que o problema entre o casal não é o aparecimento de algum vilão externo ou chantagens, vingança e qualquer algo do gênero que servisse para separá-los. Não. O problema é a convivência, é aprender a lidar com o casamento e os sentimentos que esta relação provoca dentro deles. Lidar com as diferenças, com os traumas, com as dúvidas... Isso me encanta! Esse toque tão essencial de realidade. Já quero este livro!

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  7. Estou muito curiosa com esta serie porque a cada livro, o enredo é sempre tão original que só me deixa mais interessada na leitura. Estou muito curiosa com esta questão da noite de nupcias e já imaginando mil problemáticas.
    Beijos

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  8. Sempre sofro um pouco com posts sobre romances por que é um gênero tão distante do que leio que parece que to lendo grego xD E este romance parece ter todas as caracteristicas clássica do gênero, pega em cheio quem gosta e espanta mesmo quem não. Mas preciso dizer que sua resenha ficou ótima e achei as fotos lindas.

    Mirian - Castelo do imaginário

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  9. Olá Polly, eu tenho bastante curiosidade de ler essa série *-* Pelos seus comentários esse livro parece estar bem bacana, adorei saber que ele rás um outro lado dos romances de época sobre essa relação a dois depois do casamento *-* Espero poder l~e-lo em breve também.

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  10. Olá,
    não conhecia a série ainda, mas me apaixonei por vários pontos, principalmente por ser um romance de época e por trazer uma relação cheia de infortunios. Preciso urgentemente acelerar para ler.

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Pollyanna Campos

Mineira, apaixonada por livros, advogada, viciada em romances de época, séries e café. Ama viajar, ouvir a mesma música, ver os mesmos filmes, reler suas citações literárias favoritas e cuidar de suas plantas.




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