.

Resenha #260: A prisioneira do tempo


Olá pessoal, tudo bom com vocês? Hoje é dia de resenha aqui no blog e venho comentar sobre um livro que li já faz um tempinho, mas que nunca tenho a sensação de estar pronta para escrever uma resenha sobre, no entanto, hoje resolvi tentar! rs Que tal conversar um pouco sobre “A prisioneira do tempo” da Kate Morton?

Não existe hora certa, ele me explicou. O tempo era uma ideia: não tinha fim nem começo; não podia ser visto, ouvido ou cheirado. Poderia ser medido, com certeza, mas não foram encontradas palavras para explicar exatamente o que era. Quanto à hora certa, era simplesmente uma questão de convenção.

Neste livro conhecemos a história de Edward Radcliffe, um pintor fantástico que decide reunir um grupo de artistas no verão de 1862, para que eles possam criar em Birchwood Manor uma atmosfera criativa, propícia para desenvolver a arte. No entanto, as coisas dão muito errado e uma mulher acaba morta, outra desaparecida e uma herança de família de altíssimo valor se perde.


Mais de 150 anos depois, Elodie Winslow, uma arquivista, acaba por encontrar uma bolsa de couro contendo a foto de uma mulher misteriosa, bem como um caderno de desenho onde existe uma ilustração de uma propriedade que fora pano de fundo de um conto de fadas que a mãe sempre contava na infância, que pertenceu a Edward.

Elodie fica muito intrigada com aquela descoberta e tenta desvendar o motivo de aquela propriedade entrar nas histórias da mãe, bem como a identidade daquela mulher misteriosa que tanto a intriga - tudo isso, enquanto tenta lidar com sua vida pessoal e com seu casamento que se aproxima.

É com o pano de fundo descrito acima, com diversos personagens e narrativas que vemos o enredo de A prisioneira do tempo se desenrolar, em meio a uma trama que envolve amor, perda, destino e o passado.

Existem muito poucas certezas neste mundo, Sr. Gilbert, mas vou lhe dizer uma coisa que sei: a verdade depende de quem está contando a história.

Eu não sei vocês, mas simplesmente adoro histórias que envolvem segredos do passado que serão desvendados no presente. Lucinda Riley escreve histórias fantásticas com essa ‘fórmula’ e o outro livro que li de Kate Morton me mostrou sua capacidade incrível para construir tramas assim.

Sendo assim, quando li sobre o lançamento de ‘A prisioneira do tempo’, logo coloquei o livro em minha lista de desejos, no entanto, o livro acabou não sendo tudo o que eu esperava.

A premissa em si é muito interessante, no entanto, desde o início da trama senti que o fato de muitos personagens surgirem ao longo da mesma seria algo confuso. Ok, é compreensível que uma história que tenha diversas narrativas e núcleos, tenha um número considerável de personagens. No entanto, eram tantos, mas tantos personagens que comecei a me perder em meio a história. Quando eu chegava a me familiarizar com todos eles, outros núcleos e narradores chegam e confundiam a cabeça de novo.

Outro ponto que a meu ver deixou um pouco a desejar foi o desfecho. Quando consegui entender todos os núcleos e a ligação de cada um deles, fiquei presa à história, intrigada mesmo com o que estaria por vir. Quem seria a narradora misteriosa que surge de tempos em tempos? O que aconteceu de fato a mais de 150 anos naquela casa? Você passa a ler um capítulo atrás do outro em busca de respostas e mais uma vez acaba se frustrando um pouco.

Achei o desfecho um pouco raso, deixando questões em aberto, sendo estas relativas a personagem principal, que vem sendo abordada desde o início do livro. Fato é que este livro poderia ter um fim sensacional, e acaba sendo apenas morno.

Entretanto, tenho que destacar também os pontos positivos e um deles é a narrativa da autora, que conseguiu me prender mesmo quando eu estava bem perdida na trama. Se ela não soubesse conduzir bem seu livro, eu provavelmente teria desistido da leitura.

Outro ponto que me agradou foi o núcleo que desenvolve a história de Edward. Ali se encontram os personagens mais fascinantes, que te fazem ter vontade de descobrir tudo o que aconteceu em Birchwood Manor.

Enfim! Esta acabou sendo uma experiência de leitura com altos e baixos para mim, mas ainda assim recomendo a vocês, afinal, cada leitor tem uma vivência e o que não funciona para mim pode ser maravilhoso para vocês.

Espero que tenham gostado da resenha de hoje. Não deixem de comentar, ok? Beijos e até o próximo post!




Título: A prisioneira do tempo

AutoraKate Morton
EditoraArqueiro
Nº de Páginas: 448
No verão de 1862, um grupo de jovens artistas liderado pelo talentoso e passional Edward Radcliffe segue para Birchwood Manor, uma bela casa de campo às margens do rio Tâmisa. O plano é passarem um mês isolados em uma aura de inspiração e criatividade. No entanto, ao fim do verão, uma mulher está morta e outra desaparecida, uma herança inestimável se perdeu, e a vida de Edward está arruinada.
Mais de 150 anos depois, Elodie Winslow, uma arquivista de Londres, descobre uma bolsa de couro contendo dois itens aparentemente sem conexão: a fotografia de uma mulher de aparência impressionante, vestida em roupas vitorianas, e o caderno de desenho de um artista, que inclui o rascunho de uma grande casa à beira de um rio.
Por que Birchwood Manor parece tão familiar a Elodie? E quem é a linda mulher na fotografia? Será possível, depois de tanto tempo, desvendar seus segredos?
Narrada por diversos personagens ao longo das décadas, A prisioneira do tempo é uma história de assassinato, mistério e roubo, de arte, amor e perda. Entremeando cada página, há a voz de uma mulher que teve seu nome apagado da história, mas que assistiu a tudo de perto e mal pode esperar pela chance de contar sua versão dos fatos.

6 comentários:

  1. Adorei ver que você comparou a história de Kate com as de Lucinda, que aliás é minha autora preferida.
    Adoro esse formato dela..
    Prisioneira do Tempo é um livro que gostaria de ler.. Acho a ideia da história ótima e os personagens me parecem muito bem escritos, mesmo que a leitura tenha sido com altos e baixos, as vezes para mim não será

    ResponderExcluir
  2. Nao me chamou atenção, mas parece ser um boa leitura. Me que de certo não superou suas expectativas, mas parecer muito nem escrito, o legal da leitura é isso...as vezes pensamos que vai dar certo e não dá e um livro que não damos nada acerta em cheio

    Brubs
    https://quemevcbrubs.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. Olá Polly!!!
    Eu mal ando lendo livros de fantasia estou tentando voltar ao hábito, porém é um hábito que estou voltando com livros que eu li e que gostei.
    Uma pena o livro dessa autora não ter sido o que você esperava já que você tava com altas expectativas.

    lereliterario.blogspot.com

    ResponderExcluir
  4. Li um livro da autora e não curti muito, achei a narrativa arrastada e apesar de gostar da premissa, não me senti envolvida. Ouvi dizer que este aqui é um pouco melhor, mas acho que não sou o público alvo da autora por isso vou deixar passar essa dica.
    Beijos

    ResponderExcluir
  5. Since this time, I am reading this enormous informative article here at my home. Thanks a lot for massive hard work.

    Judi Slot Online
    Agen Judi Slot
    Situs Slot Terpercaya
    judi slot terbaik 2021
    Agen Bola Terpercaya

    ResponderExcluir

Pollyanna Campos

Mineira, apaixonada por livros, advogada, viciada em romances de época, séries e café. Ama viajar, ouvir a mesma música, ver os mesmos filmes, reler suas citações literárias favoritas e cuidar de suas plantas.




Caixa de Busca

Seguidores

Instagram

Youtube


Posts Populares

Destaque

Resenha #310: TRÊS

  Olá pessoal, tudo bom com vocês? Hoje é dia de conversar um pouquinho sobre “ Três ”, escrito pela autora  Valérie Perrin !

Arquivos

Facebook

Tecnologia do Blogger.

Entre Livros e Filmes

Entre Livros e Séries