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Resenha #294: Querida Kitty

 


Olá pessoal, tudo bom com vocês? Hoje vamos conversar um pouquinho sobre Querida Kitty, o romance epistolar escrito por Anne Frank.


Tive meu primeiro contato com a história de Anne Frank quando estava na sexta série. Uma professora, vendo meu amor pelos livros, me emprestou um exemplar que pertencia a sua filha – que por acaso era um dos livros favoritos dela.


Na época, com uns onze, doze anos, era como ler o diário de uma amiga. A história de Anne, um dos mais importantes relatos da segunda guerra, acabou se tornando um dos meus livros da vida e sempre que posso revisito suas palavras.


Quando fiquei sabendo deste lançamento da Companhia das Letras pelos Clássicos Zahar, tive a certeza de que precisava lê-lo.


Nesta edição temos o romance inacabado escrito por Anne Frank, escrito a partir de seu diário, sendo publicado pela primeira vez da maneira como ela planejava. 



“Não me julgue, por favor. Me veja como uma pessoa que às vezes também se sente cheia demais, a ponto de transbordar”.

 

 Em 1942, com a crescente perseguição aos judeus, Anne Frank, sua família e alguns conhecidos se esconderam em um anexo no prédio onde funcionava a empresa de seu pai. Por dois anos o grupo viveu no esconderijo, onde Anne passou a escrever seu diário, hoje mundialmente conhecido.


No entanto, Anne tinha planos de tentar publicar seu relato sobre a experiência no anexo durante a Segunda Guerra e, por isso, passou a reelaborar minuciosamente seu diário.

 

Portanto, essa nova edição do livro tem uma diferença importante do diário que conhecemos: no diário publicado originalmente em 1947, temos uma edição feita pelo Otto Frank, que misturou duas versões diferentes: a versão original e a reescrita por Anne. Aqui, nesta edição, podemos ler a versão que a própria Anne queria que chegasse a mão das pessoas, ainda que inacabada.


Ao ler a versão idealizada por Anne, é impossível não se emocionar e não pensar na qualidade, maturidade e profundidade de sua escrita. Fica em nós aquele sentimento de que Anne teria sido uma autora incrível caso tivesse sobrevivido, como teria se tornado a escritora reconhecida mundialmente que sempre sonhou.


Se você já leu o diário, sugiro também a leitura de Querida Kitty. Eu acho que as duas versões do diário se complementam muito bem e conseguem passar toda a emoção que Anne almejava. Sem dúvidas mais uma leitura para levar para vida. 





Autora: Anne Frank

Editora: Companhia das Letras

Nº de Páginas: 320


Em 1942, com a crescente perseguição aos judeus na Holanda ocupada pelos alemães, Anne Frank se escondeu com a família e alguns agregados em uma casa nos fundos do prédio onde funcionava a empresa do seu pai. Por dois anos o grupo conseguiu escapar do cerco nazista e, nesse período, Anne registrou sua vida no esconderijo em um diário hoje mundialmente conhecido.
Mas ela tinha um grande desejo: publicar um romance sobre essa experiência quando a guerra terminasse. Como trabalho preparatório para esse projeto, ela reelaborou minuciosamente seu diário. As cartas à amiga imaginária Kitty, apresentadas agora pela primeira vez como uma publicação em separado, dão prova do talento literário da jovem autora. Com grande sensibilidade e fino senso de humor, ela relata à sua amiga o cotidiano da vida na casa, as relações entre seus moradores e o clima de terror que aumentava progressivamente com a escalada da guerra.
Mais de setenta anos depois, e pela primeira vez em português (em tradução direta do holandês), o desejo de Anne Frank se concretiza com a publicação do romance epistolar que idealizou e escreveu a partir das páginas do seu caderno.

5 comentários:

  1. Interessante, não sabia sobre esse livro. Embora nunca tenha lido o diário de Anne Frank conheço sua história, já vi documentários e reportagens a respeito. Quero um dia ler seu diário e agora sabendo desse livro é bom que também coloco wm minha lista de leitura, para logo depois de ler um já ler o outro em seguida.

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  2. Oi
    eu não tinha conhecimento do lançamento desse querida Kitty, eu nunca li o diário de Anne Frank, porque eu sei que ela existiu, então seria sofrido ler seus relatos reais.

    http://momentocrivelli.blogspot.com/

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  3. Oi Polly.

    Eu ainda não tive a chance de ler o diário de Anne Frank, mas sei que é um dos relatos mais importantes da segunda guerra, confesso que fiquei bem curiosa para ler a Querida Kitty. Para falar a verdade estou conhecendo Querida Kitty através da sua resenha e vou adicionar na lista de desejados. Valeu pela dica.

    Bjos
    https://consumidoradehistorias.blogspot.com/

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  4. Olá Polly,
    eu ainda não li "O diário de Anne Frank" mas possuo uma edição aqui e quero muito resolver isso este ano, uma vez que estou me organizando pra ler mais clássicos. Eu já havia lido a respeito de "Querida Kitty", mas não imaginava que era uma segunda edição do diário, eu imaginava que fosse uma história de ficção escrita por ela, um romance mesmo, sabe? Mas sabendo agora do que se trata fiquei ainda mais interessada em ler ambas as versões e fazer um comparativo.

    Abraços!
    Blog Nosso Mundo Literário

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  5. Oi, tudo bem? Lembro vagamente do livro no colégio. Desde a 5ª/6ª série sempre preferi suspense e romance policial. Tanto que na época meus autores favoritos eram Agatha Christie e Sidney Sheldon. Foi somente no cursinho pré-vestibular que me dediquei mais a estudar História. O período das guerras sempre despertaram curiosidade, ainda é difícil acreditar que isso aconteceu com tantas pessoas inocentes. Ainda mais com crianças. Fiquei bem curiosa quanto a essa nova versão, está lindíssima. Um abraço, Érika =^.^=

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Pollyanna Campos

Mineira, apaixonada por livros, advogada, viciada em romances de época, séries e café. Ama viajar, ouvir a mesma música, ver os mesmos filmes, reler suas citações literárias favoritas e cuidar de suas plantas.




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