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Resenha #302: Carrie

 


Olá pessoal, tudo bom? Hoje é dia de conversar um pouquinho sobre Carrie, o primeiro livro lançado por Stephen King em sua carreira e que foi relançado pela Suma (Companhia das Letras), nessa edição belíssima!


Desde que me aventurei pelos livros do King, sempre tive muita curiosidade em ler Carrie. Eu adoro me aventurar pelos primeiros livros dos autores que gosto, por mais que sempre escute que não são seus melhores trabalhos ou que posso não gostar (comentários esse que ouvi muito sobre o livro em questão).

 

Quando soube do lançamento dessa nova edição, pertencente a Biblioteca King, com capa dura e material extra, decidi que era hora de finalmente ler o primeiro livro escrito por King.

 

Antes de mais nada, quero dizer que essa edição está realmente um primor. Sei que a capa não agradou a todos, mas eu particularmente amei. A edição em capa dura, toda trabalhada, deixou a leitura ainda mais convidativa.



Logo de cara temos uma introdução escrita pelo King, onde podemos conhecer um pouco sobre o processo de escrita de Carrie, como a ideia surgiu e suas inspirações. Eu adoro introduções assim, me sinto mais conectada com a obra quando elas existem.

 

Logo após a introdução, nos deparamos com o texto em si. Ele é majoritariamente composto por recortes de jornais, depoimentos, cartas e trechos de livros, que ajudam a construir a narrativa. 



É através dessa construção distinta que conhecemos a história da tímida e solitária Carrie White, uma adolescente oprimida pela mãe, uma fanática religiosa, que passa por situações difíceis no colégio por ser vítima de bullying.


O que ninguém sabe é que por trás da aparência frágil, Carrie esconde um segredo. A jovem é telecinética: consegue mover objetos, trancar portas, derrubar velas e muito mais, apenas usando o poder de sua mente.


Dom ou maldição, após uma situação traumática, esse poder mudará o destino de toda uma cidade, em especial o destino de todos aqueles que lhe fizeram mal.



E bem, é basicamente isso que posso dizer da premissa do livro sem sair distribuindo spoilers na resenha!

 

Confesso que comecei a leitura com um “pé atrás” por conta dos comentários que já havia ouvido sobre o livro e cá entre nós? Acabei sendo surpreendida pelo enredo, por sua construção e pela qualidade do primeiro livro escrito pelo King!

 

Primeiramente, temos que lembrar que é um livro escrito em 1974 e que tratava do bullying, quando pouquíssimos meios falavam sobre o assunto. É muito interessante ver King tratar desse assunto, ainda mais inspirado por sua vivência pessoal, se inspirando em garotas que sofreram algo parecido ao que Carrie sofreu e não tiveram maneiras de mudar suas histórias (ele trata um pouco sobre esse assunto na introdução do livro).

 

Outro ponto que me surpreendeu muito foi a forma como o King sempre soube fisgar a atenção de seu leitor. Estamos falando aqui de um escritor que em 1974, em seu primeiro livro, usa uma forma de narrar ousada e ainda assim consegue fazer com que o leitor não largue seu livro até chegar na última página. Isso porque sabemos que algo de muito errado aconteceu com Carrie através dos recortes e depoimentos, mas só entendemos sua história quando chegamos em sua última página. Vejo que algumas pessoas têm dificuldade com esse estilo de narrativa, mas para mim acaba fluindo super bem.



Acho que outro ponto que adorei foi a construção dos personagens e a complexidade de Carrie, uma garota repleta de questões e que devido a suas vivências, acaba tendo uma batalha interna entre luz e trevas que não é algo simples ou clichê, acaba sendo muito interessante e instigante na verdade. Eu me afeiçoei a personagem, consegui sentir um pouco da sua dor, de todo o constrangimento sistematicamente sofrido e eu simplesmente adoro quando o autor consegue fazer com que me conecte tão plenamente com seus personagens.

 

Posso estar sendo prolixa, mas ter todos esses elementos em seu primeiro livro não é de maneira alguma algo simples. Através desse livro tenho um vislumbre ainda maior do fascínio de King em seus leitores e sua consagração como rei (inclusive, longa vida ao rei! rs).

 

Bem, acredito que tenha dado para sentir o quanto essa obra me impactou e o quanto gostei da experiência de leitura, certo? Ao contrário de muitos, recomendo sim Carrie! É uma experiência de leitura fantástica, bem escrita e construída, que mostra as origens de King e sua qualidade indiscutível de escrita desde o início. Recomendo muito a seus fãs e àqueles que tem curiosidade em relação a sua escrita.

 

Espero que tenham gostado da resenha de hoje! Não deixem de comentar, ok? Beijos e até o próximo post!




Autor: Stephen King

Editora: Suma (Companhia das Letras)

Nº de Páginas: 208

Compre aqui

Carrie White é uma adolescente tímida, solitária e oprimida pela mãe, cristã ferrenha que vê pecado em tudo. A rotina na escola não alivia o dia a dia em casa. Para os colegas e professores, ela é estranha, não se encaixa e, por consequência, é alvo constante de bullying.

O que ninguém sabe ainda é que, por trás da aparência frágil e indefesa, Carrie esconde um enorme poder: ela consegue mover objetos com a mente. Trancar portas. Derrubar velas. Dom ou maldição, isso mudará para sempre o destino das pessoas que algum dia lhe fizeram mal.


8 comentários:

  1. Oie ! Não conhecia o livro, adoro livros com esse trabalho de ilustrações, capa, contra capa, muito convidativo mesmo.
    Amei a história, achei interessantíssima, me deixou com vontade de ler.

    www.blogresenhando.travel.blog

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  2. Eu acho tão linda essa capa.
    Aii meu sonho só ter livros de capa dura.
    Conheço os filmes, mas não li os livros.
    Beijos!
    www.pamlepletier.com

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  3. Olá, Pollyanna.
    Eu li esse livro alguns anos atrás. Não é dos meus favoritos dele, mas gosto bastante, mesmo não sendo fã do autor tenho que reconhecer seu valor. E amei a edição, preciso comprar porque só me falta esse dessa coleção.

    Prefácio

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  4. Oi
    nunca li nada do autor, apesar de ter curiosidade, mas não curto muito terro e nem nunca assisti o filme da Carrie, que bom que deu uma chance e curtiu, eu gostei da capa.

    http://momentocrivelli.blogspot.com/

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  5. Oi! Eu li faz pouco tempo e adorei o trabalho que King fez nesta história, para um primeiro livro, foi bem impressionante. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  6. Oi Pollyanna, tudo bem?
    Conheço a trama de "Carrie", pois já vi a adaptação, mas essa edição parece ter detalhes bem interessantes sobre o processo de criação do livro. Fiquei com vontade de conhecê-la!!!

    *bye*
    Marla
    http://loucaporromances.blogspot.com/

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  7. Olá Pollyana,
    eu já havia assistido a adaptação de Carry há vários anos atrás, mas só agora criei vergonha na cara e peguei esse livro pra ler e assim como você me surpreendi bastante com a qualidade narrativa do autor, já em sua primeira obra. Eu também não me incomodei com os recortes que compõem o texto, ao contrário disso, até gostei. Penso que torna tudo mais rico de informações. Também achei interessante, a inspiração que levou o King a construir esta história, e me compadeci do sofrimento de Carrie, a pobre garota já sofria um inferno com a mãe e não conseguiu encontrar uma verdadeira boa alma que a acolhesse de forma eficaz. Peguei ranço de quase todos os personagens rs.

    Abraços!
    Blog Nosso Mundo Literário

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  8. Oie, tudo bem? Sempre tive curiosidade em ler os livros do autor mas ainda não consegui. Esse mês recebi Carrie e fiquei impressionada com a edição, está lindíssima. Ainda mais com capa dura. Lembro que um tempo atrás assisti aquela adaptação mais antiga, ela é bem mais assustadora do que a mais recente. Nunca vi inteiro então não sabia dos "poderes" da protagonista. A parte do baile sempre me deixava assustada haha E a mãe dela? Surreal as atitudes. Um abraço, Érika =^.^=

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Pollyanna Campos

Mineira, apaixonada por livros, advogada, viciada em romances de época, séries e café. Ama viajar, ouvir a mesma música, ver os mesmos filmes, reler suas citações literárias favoritas e cuidar de suas plantas.




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