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Resenha #289: As nove vidas de Rose Napolitano

 


Olá pessoal, tudo bom com vocês? Hoje é dia de conversar um pouquinho sobre “As nove vidas de Rose Napolitano”, de Donna Freitas, um livro que me surpreendeu no ano de 2021.


O livro nos é mostrado sob o ponto de vista de Rose, nossa protagonista: uma mulher independente, acadêmica, que nunca teve vontade de ser mãe. Ela encontrou em Luke – seu marido – um homem que tinha os mesmos anseios e sonhos que ela. Será mesmo?


Luke – que também dizia não ter o desejo de ser pai – passa a ser pressionado pela família e por conseguinte, passa a pressionar Rose para que esta aceite se tornar mãe.


A partir daí teremos uma narrativa construída em nove realidades diferentes e a decisão de ser mãe ou não vai acarretar diversas versões de Rose, de sua vida e de sua realidade.



E esta é a premissa base de “As nove vidas”. Aqui temos um enredo sobre a pressão social pela maternidade compulsória, sobre a pressão que sempre existiu para que as mulheres se tornem mães e como são vistas como incompletas quando não o fazem. Mas além de toda questão sobre a maternidade e o papel que a sociedade impõe a mulher, temos também um enredo sobre possibilidades, sobre a gama de destinos existentes. As nove vidas de Rose Napolitano também é um livro sobre escolhas, autoconhecimento e família.


De início a narrativa pode ser um tanto quanto confusa e deixar o leitor um pouco perdido. No entanto, ao mergulharmos a fundo na história, ficamos cada vez mais imersos e envolvidos, devorando páginas para saber qual a próxima realidade, qual o próximo passo.


Uma ressalva – além da feita acima – é que acredito que tenha faltado ainda uma vida a ser vivida e explorada pela autora. Após tudo o que vimos sobre a personagem, acredito sim que não termos o vislumbre desse futuro, acabou por deixar a obra incompleta.


Apesar das ressalvas, esse foi um livro que me ganhou, que me prendeu em suas páginas e me fez refletir sobre diversos aspectos, motivo pelo qual o recomendo hoje a todos vocês.


Espero que tenham gostado de conferir minhas impressões de leitura. Não deixem de comentar ok? Beijos e até o próximo post.





Autora: Donna Freitas

Editora: Seguinte

Nº de Páginas: 344

Quais são as consequências das nossas maiores decisões? Acompanhando Rose Napolitano descobrimos como nossa história pode ser reinventada a cada escolha e, às vezes, seguir rumos que não imaginávamos. Um romance profundo sobre uma mulher que nunca quis ser mãe e as diversas formas com que a vida pode nos surpreender.

Rose Napolitano e Luke estão brigando. Ele prometeu, antes do casamento, que não queria ter filhos, mas mudou de ideia. Ela prometeu tomar as vitaminas para engravidar, mas não o fez. De repente, o casamento dos dois passa a depender de uma única resposta: Rose consegue encontrar dentro de si o desejo de ser mãe?

Ao narrar uma escolha de vida decisiva em nove versões diferentes, Donna Freitas nos leva por todos os caminhos que moldam a vida de uma pessoa, refletindo sobre trajetórias que ressignificam o que é ser mulher. Um romance sobre amor, maternidade, traição, divórcio, morte e sobre como o destino pode interferir em nossos planos quando menos esperamos.


4 comentários:

  1. Olá,
    eu li este livro assim que ele foi lançado e me apaixonei pela forma que as várias possibilidades foram trabalhadas. A cada nova vida eu me via ainda mais ligada a história da Rose, torcendo para que ela conseguisse se bastar, que não cedesse por pressão e que fosse feliz como bem desejasse. Até hoje li apenas dois livros que abordaram essa pressão por maternar que existe sobre as mulheres, este e O impulso, ambos me tocaram de forma ímpar.

    Abraços!
    Blog Nosso Mundo Literário

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  2. Oi Polly!
    Esse livro parece intenso e mergulha a fundo dentro de seu "eu" pessoal, porque essa coisa forçada pela família a fazer e ficar pensando no que a sociedade vai dizer é muito exaustivo pois cada um pensa de um jeito e forçar a fazer o que não quer pode mexer com a estrutura familiar, esse livro deve mexer com o emocional do leitor. Pela sua resenha deu para perceber que é um pouco pesado e mexe com as estruturas da gente, parabéns e obrigado pela dica, bjs!

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  3. Oi Polly, tudo bem? Ah, eu algumas pessoas comentando sobre o livro e achei a edição lindíssima. Nossa, imaginar outras vidas, outros caminhos, até mesmo outros lugares onde poderíamos estar é surreal. Me fez lembrar de um filme com o Nicholas Cage. Se ele tivesse tomado outra decisão o que seria diferente? Creio que todos nós já nos perguntamos isso alguma vez não é mesmo? Quanto a maternidade é um tema delicado principalmente para mulheres que não têm esse desejo. Acredito que não deveria ser uma imposição, e sim decisão do casal. Afinal, são eles que cuidarão das crianças não é mesmo? Um abraço, Érika =^.^=

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  4. Eu não sabia bem o que esperar desse livro. Parece ser mto dramático e até triste, de certa forma, por mostrar a pressão da maternidade que nos é imposta. Gostei do tema, não lembrava que a temática era essa. Ótima resenha!
    Bjos - Lucy - Por essas páginas

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Pollyanna Campos

Mineira, apaixonada por livros, advogada, viciada em romances de época, séries e café. Ama viajar, ouvir a mesma música, ver os mesmos filmes, reler suas citações literárias favoritas e cuidar de suas plantas.




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